Sonhos de vidas e Amores eternos, 6
6 - Desejos, verdades e medos...
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23 de maio de 1992, sĂĄbado â EducandĂĄrio Santa MĂŽnica
đ (Havia um frisson no ar, desde a quinta-feira toda a comunidade aguardava a relação de convocados para os Jogos Estudantis...)
â Como Ă©, nĂŁo vĂŁo trazer a lista? â MĂŽnica entrou no quarto.
Luciana olhou para a irmĂŁ e sorriu.
â Agora mesmo Ă© que teu filho nĂŁo faz nada... â rolou na cama para abrir espaço â Chegamos numa encruzilhada...
Fernando fez de conta não ter visto MÎnica só de calcinha, as seios ainda rijos e aréolas escuras que ele tão bem conhecia, a tia, pelo menos, vestia camiseta cavada que havia pescado em sua gaveta e ele, diferente das duas, vestia bermuda comportada.
â O que foi? â tirou a folha rabiscada da mĂŁo do filho e viu que a neta era a primeira listada â Lena vai?
â Isso Ă© com o tĂ©cnico aĂ... â beliscou o braço do sobrinho â Esse Ă© um dos embates...
A menina ainda nĂŁo tinha chegado do clube onde treinava com sua turminha.
â NĂŁo tem nenhuma que barre Lena... â olhou para a mĂŁe â Tua irmĂŁ acha que ela nĂŁo estĂĄ pronta, mas no infantil...
â E tu, o que acha? â acariciou o rosto bem escamoteado â Ela treina com quem?
â Com o Abelardo... â a irmĂŁ atalhou â SĂł que ainda nĂŁo acho que...
â Deixa disso Lu... â ele cortou â Olha MĂŽnica, confiem em mim, sei o que faço...
MĂŽnica nĂŁo quis tomar partido, nunca tomava e sĂł se metia quando parecia cambar para outros rumos.
â VocĂȘs decidem, Ă© ĂĄrea dos dois e..., ela Ă© dos dois... â releu a lista â Lena vai, nĂŁo vai?
Antes que Luciene chegasse a relação estava fechada, Fernando tinha conseguido que a sobrinha filha fosse convocada.
â E agora? â Luciana olhou para a irmĂŁ â Vamos comemorar?
â Comemorem vocĂȘs, vou tomar um banho... â deitou no peito do filho â Se meu professorzinho poder, e ainda tiver fĂŽlego, depois quero uma massagem...
â Tu sĂł pensa nisso, mana â sorriu e massageou a bunda da irmĂŁ â TĂŽ de bode...
â E esse bode nĂŁo tem cu? â Monica rebolou e lambeu o beiço ressequido de filho.
â SĂŽ maluca nĂŁo, maninha... â apertou o pau jĂĄ meio duro â Esse treco ia me arrebentar...
â Arrebentar o que, o nariz ou o ouvido? â riu e levantou â Nesse rabo jĂĄ entrou e nĂŁo foi pouco, nĂ© minha irmĂŁ santinha?
Acariciou o rosto do filho e beijou o rosto da irmã antes de levantar, tirar a calcinha e jogar em direção do filho.
â Vixe! Tu tĂĄ Ă© assim? â Lena brincou com a tia â O tio jĂĄ chegou?
Apontou para o quarto e entrou no seu.
â A tia tĂĄ danada hoje... â olhou e sorriu, a mĂŁe beijava o tio â E aĂ treinador, jĂĄ tĂĄ tudo em cima?
Correu para a cama e se ativou em cima dos dois.
â TĂĄ doida filha, saĂ... â Luciene ainda vestia o maiĂŽ preto de treino â TĂĄ molhando a cama de teu tio, doida!
SaĂram as duas. No quarto MĂŽnica ainda leu algumas correspondĂȘncias antes de entrar no banheiro, nĂŁo estava cansada de cansaço fĂsico, era mais cansaço de calor e aquele banho lhe reataria as forças. A ĂĄgua gostosa caia lhe acariciando o corpo, nĂŁo pensava em nada, apenas no banho e na ĂĄgua que lhe encobria como um manto.
â MĂŽnica... â Fernando entrou no quarto, queria terminar a relação â Monica..., tĂŽ entrando...
Entrou, nĂŁo viu a mĂŁe, ouviu o som do chuveiro, sorriu e tirou a roupa, entrou, ela nĂŁo viu, sentiu o toque na costa, o corpo estremeceu.
â Nando... â sorriu, estava precisando de carinho â Lena...
â TĂĄ com Lu... â corpos colados, vontade de prazer â TĂŽ com saudade...
â TambĂ©m... â suspirou, o pau duro pressionado a bunda â A gente..., hum..., a gente precisa..., hum..., arranjar tempo pra..., pra nĂłs...
As coisas do educandĂĄrio lhes tirava o tempo, por mais que quisessem nĂŁo conseguiam viver a vida que viviam antes. Fernando bolinou o biquinho do peito, MĂŽnica fechou os olhos e jogou o corpo para traz sentindo o pau que tanto lhe dava prazer e ele, o filho mais homem que filho, beijou o cangote sentindo aquele aroma mulher lhe tomar o querer e ela queria.
â Nando..., Nando... Hum..., hum..., Nando, meu..., Nando... â arrebitou a bunda, mĂŁos espalmadas na parede de azulejos floridos â Amor..., amor..., hum... Nando, Nando... Hum..., isso..., ai...
Sentiu a mĂŁo lhe tocar a vagina, o dedo abrir os pequenos grandes lĂĄbios e o pau pressionar naquela doce brincadeira de embalar e empalar que lhe fazia mulher e o pau duro entrou e ela gemeu.
â Ai..., Nando..., filho..., hum..., hum...
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15 de julho de 1991, segunda-feira â Serra do Calango (Sonhos melados...)
đ (Novamente tinha sido um dia puxado, os passeios revezados ora aqui, ora acolĂĄ deixava vontade de nĂŁo fazer nada, nem as brincadeiras em volta da fogueira animava...)
â Tu Ă© doida, Ă©? â Jane olhou para Francisca sem acreditar â Tu chupou mesmo?
Na barraca menor que devia, quase nĂŁo cabia as duas e as mochilas. Passava das dez da noite, quase todos dormiam esbodegados de andar.
â Ia fazer o que, garota... â Francisca tentava pescar a camisa de meia de dormir â Tava ali na minha frente e...
â E as pequenas viram?
â Sei lĂĄ... â sorriu, tirou a camisa melecada de suor â Ele nĂŁo queria, nĂ©?
â E como que tu fez pra..., pra ele deixar? â a loira estava agoniada.
â Deu um bichinho de doideira... â coçou o bico do peito â Acho que ele pensava que eu nĂŁo ia ter coragem e...
â E tu bebeu tudo?
â E eu lĂĄ ia deixar? â riu deitando espremida para tirar a bermuda â Menina, era tanto que enchi a barriga...
â Doida..., e ele? â sentada tambĂ©m tirou a bermuda e depois a camisa azul de malha grossa da farda â E..., e foi sĂł, tu nĂŁo...
A morena sentou, pernas cruzadas, lembrando do gostar gostoso de ter chupado o professor.
â Ele... â riu lembrando â Ele pulou na piscina, mas... Se ele quisesse, eu dava...
â Doida..., tu Ă© doida mesmo... â sorriu e olhou pela brecha, a fogueira quase apagada â E tu..., tu jĂĄ deu?
â NĂŁo..., sĂł chupei do Paulo..., mas dar dando nunca dei... â respirou e deitou encostada na mochila â Mas se ele quisesse eu dava...
â Tu Ă© doida mesmo... â riu e abriu o ziper da barraca.
O campo era um silĂȘncio sĂł, as barracas todas fechadas, sĂł a delas, sĂł elas acordadas naquela noite um tanto fria, mais frias que as outras.
Luciana foi a primeira a cair nos braços do sono, MÎnica e Fernando ainda conversaram um pouco antes de entregar os pontos. A barraca que MÎnica tinha achado exagero não era tão exagero, os dois pequenos compartimentos mau deu para dois e Fernando optou por ficar no espaço maior, que chamavam de sala e que, durante o dia, vivia cheio de bagunça. Não estava com sono, cansado de caminhar subindo pedras, andando por veredas ou escalando paredÔes dependurado em cordas.
â Tu nĂŁo vai dormir, Nando... â olhou pra ele sentado na cadeira de alumĂnio â AmanhĂŁ..., hoje â consertou â Tem a escalada da rocha da Galinha...
â TĂŽ com sono nĂŁo, mĂŁe... â olhou para ela â Vou ficar um pouquinho, e...
Calou, MÎnica tinha dormido. Sorriu, a mãe sempre foi assim, pegava no sono ligeiro. Levantou, a barraca alta, ajoelhou e beijou o rosto da mãe, saiu, fechou o quarto. Também foi ver Luciana que dormia abraçada ao travesseiro, acariciou a perna e também fechou a abertura, uma aragem fria entrava, deu vontade de fumar, não fumava de verdade, apenas um ou outro nesse dia ou em outro.
â O senhor tĂĄ sem sono tambĂ©m? â se espantou, Jane olhava da varanda da barraca â TĂĄ todo mudo dormindo...
Fernando olhou para a filha de Lourdes, em nada parecia com a mãe, talvez um detalhe aqui e outro acolå além da cor alva e cabelos loiros, o resto era toda do tenente.
â E vocĂȘ, porque nĂŁo estĂĄ dormindo... â nĂŁo foi pergunta perguntada â AmanhĂŁ..., hoje... â lembrou da mĂŁe â Fico com vocĂȘs...
â Sei..., o senhor vai nos levar na rocha, nĂ©?
â Ă..., Lu..., Luciana vai para a gruta... â saiu, a noite sem lua nĂŁo era tĂŁo escura como deveria ser, o cĂ©u apinhado de estrelas â E aĂ, estĂĄ gostando do passeio?
â TĂŽ... â olhou para o cĂ©u, ele tambĂ©m olhava.
â Aplicou a insulina? â lembrou de Lourdes â Tua mĂŁe...
â Ih! Esqueci..., pera... â correu para a barraca, voltou com a seringa â Tu..., o senhor aplica?
â Onde? â recebeu a seringa.
â Aqui..., pera, vamos pra ali... â pegou na mĂŁo, sentiu o corpo estremecer, lembrou de Francisca.
Andaram calados, Jane suava na noite um pouco mais fria que as outras. Parou, olhou de novo pro céu pinicado de estrelas, virou e levantou a camisa de meia branca, Fernando lembrou de Lourdes mostrando onde tinha de aplicar.
â Espera... â olhou para a seringa, empurrou o embolo para tirar o ar â DĂłi?
â Um pouco, mas... â respirou segurando a barra da camisa â Tem de tomar, nĂ©?
Fernando acocorou defronte dela, mediu olhando â âcinco centĂmetros longe do umbigoâ, lembrou de Lourdes mostrando â tocou a barriga, Jane estremeceu, aplicou, ela sentiu quase nada. Tirou a seringa, massageou â âtem de massagear um pouco pra que o liquido seja melhor absorvidoâ, lembrou de Lourdes â Jane fechou os olhos, a mĂŁo nervosa segurava a barra da camisa.
â Senti nada nĂŁo... â olhou para ele acocorado defronte dela â Tem vez que dĂłi...
O cheiro cheirando, a noite mais fria que as outras, a pele macia e aquele aroma exalado na noite escura com céu recheado de estrelas piscando.
â Que bom..., isso quer dizer que tenho mĂŁo boa â sorriu, continuou massageando.
â Tem..., pode atĂ© ganhar dinheiro... â riu sem querer ria, tinha de rir pra nĂŁo gemer â Quanto foi?
Fernando sorriu, olhou pra cima, ela olhava pra baixo. Não estava séria, também não sorria.
â Um beijo... â sussurrou â Aqui...
Beijou onde tinha injetado a insulina. Pele macia, aveludada. Jane suspirou forte, gemeu sem gemer e ele sentiu os montĂculos formados e aquele cheiro perfume entrando no nariz.
â Pode..., pode beijar... â as mĂŁos meladas segurava a barra da camisa â Hum.., beija..., mais...
Ele beijou, lembrou de MĂŽnica brincando com ele, falando que ela era caĂda por dele e tocou a pontinha da lĂngua na barriga ponteada de montĂculos, ela suspirou, soltou a barra da camisa, segurou a cabeça, ele lambeu, ela sentia um negĂłcio estranho lhe pinicar a pele, a vagina melada, aquele doce aroma que enchia o ar da noite mais fria que as outras.
â Espera, espera...
Ele parou, esperou e ela lembrou. Suspirou, pegou a mĂŁo, puxou. Dele levantou, ela andou, passos incertos, vontade de parar, tinha de sair dali, lembrou do lugar, levou ele, ele foi, ela parou, olhou pra ele sem saber se olhava, via o rosto, o sonho.
â Aqui... â olhou pra ele, ele olhava pra ela.
NĂŁo tinha andado muito, trinta, talvez quarenta metros longe das barracas. Ela olhou, acariciou o rosto como tinha sonhado acariciar.
â Professor...
â Fernando..., Nando... â o dedo colado nos lĂĄbios, ela sentiu o cheiro que gostava de cheirar â Esquece professor, Fernando..., Nando.
â Nando... â sorriu, dentes alvos, nariz arrebitado e olhos verdes, quase azul â Te quero..., viu? Te quero...
NĂŁo olhava, via sem ver, a vontade de sonhos melados, a vagina Ășmida de vontade. Fernando queria, ela queria e quando tirou a camisa ele viu o que jĂĄ tinha visto. Seios pequenos, arĂ©olas rĂłseas que fremiram quando ele tocou a ponta da lĂngua.
â Nando..., eu...
â Fala... â olhou em seus olhos, eram verdes, quase azul.
â NĂŁo..., nada... â sorriu sem sorrir â O senhor..., tu... â concertou â Tu me..., me quer?
Responder seria molhar no molhado, nĂŁo respondeu, segurou o queixo, lambeu os beiços ressequidos. Ela fechou os olhos, abriu a boca e recebeu a lĂngua, sentiu o gosto, o gosto que queria sentir. Sua lĂngua, ainda envergonhada, tocou na lĂngua dele e aquele gosto gostoso lhe encheu a vontade. NĂŁo foi beijo de vergonha, era beijo de querer, de deixar o cĂ©u, pinicado de estrela, querer parar de piscar sĂł pra olhar o beijo. Se demorou nem ela, ou ele, tinham como saber, importar cm tempo, com hora pra que e porquĂȘ?
O tempo, esse mero medir de viver, nĂŁo lhes importava. Apenas o agora, o estar lhes importava e ela sentiu, sentiu a mĂŁo carinhosa lhe acariciar a almofada da bunda.
â Espera..., espera Nando, espera...
Ele esperou, esperou com medo de ter sido afoito demais. As bocas desgrudaram, ela suspirava sentindo a vagina melada.
â Desculpa, eu... â olhou para ela, para seu rosto macio, pele aveludada, nariz arrebitado e olhos da cor de querer ver.
â Porque? â ela sorria â Tu..., tu nĂŁo..., nĂŁo...
Olhava pra ele, agora olhava e via o que tinha lhe embalado noites de sonhos melados, sorriu, ele também e, novamente, segurou a barra da camisa. Ele viu, olhar fixo nos olhos verdes, quase azul que rivalizava com as estrelas que pinicavam o céu escuro de coisinhas piscantes. Ela viu e ele viu, Jane tirou a camisa, os seios, pequenos e perfeitos, aréolas rosa escuro que fremiam de vontade.
â Assim Ă© melhor... â tentou sorrir.
Era estranho, nunca tina tirado a camisa sequer na frente do pai, da mĂŁe jĂĄ, mas era mĂŁe, mulher como ela. NĂŁo sentiu frio naquela noite mais fria que as outras e viu que ele via, olhos fixos nos seios bem feitos que fremiam de vontade.
â Tu Ă©s bonita... â suspirou.
â Sou? â queria rir, queria gritar e espantar aquele bandĂŁo de estrelas, pontinhos que piscavam, no cĂ©u sem lua â Tu..., tu tambĂ©m Ă©...
E ele olhou, tinha de olhar, o corpo bem feito, as curvas todas onde deveriam estar. Nem sabe quando, sĂł sabe que tocou no biquinho do peito que intumesceu, antes rĂłseo macio, depois mais escuros e rijos, a garota estremeceu. Era o toque dentre todos o melhor, o toque sonhado nas noites se sonhos melados.
â Ă..., Ă© bom... â segurou a mĂŁo em cima do peito, tinha de ter gostado, tinha sonhado, mas ai era melhor, era verdade que tinha nascido e sonhado em sonhos melados â Eu..., eu... â ficaria o resto dos tempos ali se repetindo, a mĂŁo quente e macia acariciando a pele aveludada ponteada de montinhos â Eu..., eu... â viu ele aproximar, soltou a mĂŁo â Eu..., tu..., eu...
De novo aquela vontade doĂda de querer gritar, a boca morna no peito frio, quase gelado naquela noite mais fria que as outras e a mĂŁo massageando a almofada da bunda e a vontade tomando conta do querer sentindo aquele gostar, danado de gostoso, caindo como manto.
â Nando..., Nando..., espera, espera... â mas ele nĂŁo esperou e nem ela pediu de novo, sentiu a calcinha escorregar pela bunda, depois pelas coxas, pernas e aquela vontade entrando no querer.
Fernando continuou chupando o biquinho intumescido do peito, seios bem feitos e aquele aroma vazando de dentro, do fundo do sexo sedento, querendo querer como se fosse ele, o sexo, e nĂŁo ela que queria.
â Nando... â puxou a cabeça, tinha de puxar, queria tornar sentir a lĂngua brincar com a sua dentro de sua boca.
NĂŁo foi como aquele primeiro, foi mais beijo querido de beijar e o abraço abraçado, o corpo nu, a vagina melada que deixava escorrer aquele fio, quase morno, maculando as pernas. Era noite, noite sem lua, noite deles metidos naquele serrado de folhas secas. Se queriam querer nĂŁo havia sombras de dĂșvidas e as sombras, daquela noite sem lua de cĂ©u pinicado de estrelas que piscavam era os Ășnicos que viram ela deitar.
â Nando...
Se fez barulho, se as folhas secas crepitaram nem ele e nem ela ouviram. Nada lhes importava, apenas ele e ela, somente a eles interessava o mundo e ela deitou, não sentia as folhas secas debaixo do corpo, só viu quando ele tirou o calção azul marinho, viu o pau duro, o mesmo pau que Francisca disse ter chupado, nem isso importava, somente eles, ela e ele.
â Nando...
Ele ajoelhou, ela entreabriu as pernas. A vagina ainda estufada, mas ponteada de pequenos pelos negros lisos lhe pintava e aquele cheiro de mulher encheu o ar daquela noite mais frias que as outras.
â Nando...
Olhava para ele e revia as noites de sonhos melados, as pernas entreabertas, o corpo quente que vibrava e, outra vez, o beijo beijado e ela abraçou, puxou o corpo sentindo os seios bem feitos espremer o peito måsculo, quase sem pelos, que lhe tinha enchido noites de sonhos melados.
â Nando... â olhou, nĂŁo olhava, talvez visse o sonho â Nando... Eu..., eu... Hum. Nando..., Nando...
Sentiu o toque da glande roçar a pele, a pĂ©lvis. Abriu as pernas, sentiu o estralado da separação dos grandes lĂĄbios melados de lĂquidos que nascia no fundo da vagina.
â Nando...
Um sussurro, nada mais que um sussurro gemido. Ele segurou o pau, pincelou, ela sentiu, ia ser, ia entrar e, novamente, aquelas imagens das noites de sonhos melados.
â Nando... â estava encaixado, nĂŁo era mais aquele sonho melado â Nando... â abriu as pernas, tinha de abrir â Nando..., Hum..., Nando... Ui... Hum, Nando..., Nando...
Ele sentiu estar encaixado, o rosto riste olhando o rosto alvo, pele aveludada, nariz arrebitado sem olhar, nĂŁo via, era o rosto que bailava em suas lembranças. Jane respirava agoniada â vai doer, vai doer â se tinha medo de doer, nĂŁo soube, nĂŁo dava se saber, sĂł sabia que estava deitada em um manto de folhas secas metidos em um serrado numa noite sem lua.
â Vai Nando, vai... â pernas abertas, vontade de nĂŁo parar â Vai Nando, vai...
Sentiu, estava entrando escorregando no liquido viscoso minado no fundo do corpo. Fernando sentia, entrou, entrou.
â Nando..., Nando... Hum! Hum! Nando... â tinha entrado, nĂŁo era mais sonho melado.
Fernando parou, estava dentro, nĂŁo era professor, sequer Jane era aluna mesmo sendo. Jane nĂŁo gemeu como Lourdes, sorria um sorrir de realizar. NĂŁo, nĂŁo era mais sonho, ele estava dentro dela e, nĂŁo tinha sentido dor.
â Ui, Nando, ui... Hum, hum... Nando, eu... Hum... â o corpo balançando, a bunda espremida nas folhas secas â Hum... Hum... Ui, ui... Nando...
Talvez, em um futuro qualquer, lembrasse que as folhas lhe espetavam, que um som baixo de folhas e gravetos quebrando sob o corpo empurrado para baixo. NĂŁo ali naquele momento que o amor desejado lhe tinha tirado da inocĂȘncia quase infantil para lhe apresentar um novo mundo de sensaçÔes que explodiam como fosse noite de sĂŁo joĂŁo.
â Ai... Nando, amor..., amor, eu... Nando!...
NĂŁo fosse a boca colada na sua, nĂŁo fosse a lĂngua lambendo a sua teria gritado, teria espantado a Coruja-orelhuda empoleirada na gameleira, teria espantado a famĂlia de Inhambu-chororĂł do ninho hĂĄ poucos metros deles. Nem a mariposa azul empoleirada numa folha bem em cima deles se espantou com o gozo gozado.
Respirava agoniada, quase sem folego pelo beijo que parecia nĂŁo terminar.
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đ 23 de maio de 1992, sĂĄbado â EducandĂĄrio Santa MĂŽnica
O påtio do colégio apinhado, nem parecia ser såbado. Olhos ansiosos ansiavam pelo que iam ler e pés nervosos caminharam em passos largos. A relação estava no quadro de avisos.
â E aĂ, deu? â Francisca colou em Jane que corria o dedo pela relação.
â Dei... â falou baixinho brincando â E tu tambĂ©m deu...
â Ele tĂĄ vindo... â Francisca beijou o cangote da amiga â Fica cabreira, santinha...
Jå tinham conversado sobre gravidez, Jane morria de medo que o pai descobrisse, ao contrårio de Francisca que não tinha conseguido ir além daquelas e de outras chupadas fortuitas.
â Tu sabe que... â calou, ele tinha chegado â E Lena vai mesmo, professor? â mudou de assunto.
â Claro que vai... â farfalhou os cabelos de Gabriela â Essa moleca tambĂ©m vai e..., e vai trazer o ouro...
â MamĂŁe tĂĄ querendo falar como o senhor... â a negrinha abraçou Fernando â Obrigado tio...
â NĂŁo me agradeça, o educandĂĄrio Ă© que agradece... â beijou a testa da garota â E vocĂȘs, estĂŁo preparadas?
â Eu tĂŽ..., ela tambĂ©m, nĂ© Jane... â olhou para a menina que olhava para ela â Biela vai no livre ou no costas? â ainda nĂŁo tinha lido a relação toda.
â Deixa eu ver... â folheou a relação â Gabriela..., Gabriela..., nos dois e vocĂȘ vai de livre e revezamento...
Conversaram com outras meninas também convocadas antes de Fernando sair. Jane olhou para ele, queria que não tivesse tanta gente no Santa MÎnica.
â Vai logo pequena... â Francisca empurrou a amiga, sabia muito bem o que Jane queria.
A garota deu um gritinho de espanto, Fernando ouviu e virou, sorriu. Eram oficialmente namorados, o educandårio e toda cidade sabia, Lourdes torcia pela filha e até o tenente não via com maus olhos o namoro de sua princesinha.
â Vem... â estendeu a mĂŁo â Me ajuda...
A loirinha sorriu e seguiram para o ginåsio onde era a sala dele. O ginåsio e a piscina estavam vazios, naquele såbado ninguém treinou, todos nervosos com a convocação.
â E a gente vai de ĂŽnibus, Ă©? â acariciou a mĂŁo do namorado.
â Se aguentares podes ir nadando... â brincou â Vai ser como foi no Ășltimo...
Os jogos eram bianuais, os Ășltimos aconteceu em Caxias e o desse ano seria em SĂŁo LuĂs e, como sempre, alguns pais levaram suas filhas e a maioria nos ĂŽnibus da delegação.
â Vai todo mundo junto? â entraram na sala jĂĄ fria, Fernando tinha deixado o ar condicionado ligado.
â Dessa vez nĂŁo... â sentou, a garota sentou em seu colo â MĂŽnica locou um ĂŽnibus pro EducandĂĄrio... â meteu a mĂŁo debaixo da blusa de farda, massageou o peitinho â MĂŽnica jĂĄ falou...
â Ah! Nando, hoje Ă© sĂĄbado e..., ai, seu doido, isso dĂłi... â sorriu e se beijaram â Tu foi ver o filho da tia Josefina?
â Ainda nĂŁo..., e o nosso?
â Tu tĂĄ Ă© doido, o tenente me mata...
NĂŁo transaram naquele dia, Jane estava menstruada...
âââââââââââââââ
đïž VocĂȘ leu o episĂłdio 6 de 16...
ComentĂĄrios (2)
Sofia: A historia é interessante mas eu acho que precisava de uma introduçùo para se saber quem é quem, porque durante a historia por vezes fica confuso saber quem sao os protagonistas e o grau de parentesco
Responder⎠⹠uid:41731ych209qClaudio Alberto: Viver Ă© uma coisa danada de estranha, Ă© como se viver fosse ter que pular cercas a todo momento. Escrever tambĂ©m Ă© estranhamente complicado, ou se escreve ou nĂŁo se escreve. Seria simples assim nĂŁo fossem as cercas erguidas cada vez mais altas e difĂceis de serem puladas... Todo dia penso em nĂŁo mais escrever, as cercas altas e e a idade tira a vontade...
Responder⎠⹠uid:xgnhy8rip