Descobrindo o prazer do sexo gay com meu colega de ap 1
Sou o Juca, 23 anos. Nos últimos dois anos minha vida sexual teve uma deliciosa reviravolta. Decidi contar algumas histórias pelos contos, curto demais contos eróticos haha
Perdi a virgindade ainda aos 13 anos, quando nem pau direito eu tinha haha. Era muito azarado na escola, me dava bem em todos os esportes, estudava na medida certa e sempre tive bom humor. Lidava com todos os grupos de boa, as meninas (e alguns meninos) me achavam gato, e assim as primeiras transas foram acontecendo de forma gostosa, no ensino médio já passava a rola na maioria das meninas que davam mole – tanto na escola quanto no meu prédio.
Depois veio o cursinho, aquele estresse, queria medicina. Meus pais não tinham grana para me manter em mais de um ano no cursinho em BH, logo só tinha aquela chance de fazer bonito no Enem. Foi um ano de transas mais esporádicas, mais com as meninas do cursinho, a ponto de transar e estudar praticamente ao mesmo tempo haha. Início do ano seguinte e bam! Consegui uma vaga na tão sonhada UFMG.
Aí fiquei mais de boa. Não dava mais para continuar na casa dos meus tios em Venda Nova, ficava muito longe da facul. Com as bolsas de assistência estudantil mais a ajuda da minha família, consegui ter condições de procurar um ap no centro. Entre recomendações de amigos e buscas nas redes sociais, esbarrei com o Rafael, do Direito. Seus pais já tinham alugado um ap de dois quartos no Maletta, faltando apenas um colega para rachar as contas. Ap super espaçoso, já mobiliado. Dividindo as contas e aluguel, dava certinho no que podia pagar! Rafael foi receptivo, afinal vinha com indicação de alguns amigos seus e ele logo marcamos uma cerveja para fechar os detalhes.
Assim, em uma quarta a noite depois de uma aula chata de CHG, lá estávamos nós dividindo um litrão em um copo sujo no Maletta. Ele explicou que passava maior parte de seu tempo na faculdade, ali ao lado. Ia em casa para dormir, trocar de roupa e transar – rimos hahaha. Daí ele ficou sério:
– Juliano falou que você já está entrando para as equipes de futebol e basquete da atlética.
– Sim, desde a escola curto muito esportes e tal.
– Pois é, Juca, os meninos esportistas tem maior tendência de serem homofóbicos. Por isso desde já te aviso que sou gay, e costumo levar meu namorado para casa e tal. Se isso for problema para você, acho melhor rever seu interesse em vir para o ap.
– Rafael, estamos em pleno século 21, não tem espaço mais para preconceito na nossa geração, cara. Não me importo não, o que rola no quarto seu não me interessa.
– Bom ouvir isso cara! Juliano e Cavalcanti tinham avisado mesmo que você parecia ser de boa, sem neura. Só não vou tolerar uma coisa então.
– O que?
– Você me chamando de Rafael, todos me chamam de Rafa, pega mal meu parceiro de ap me tratando todo formal hahaha
Rimos e brindamos, aquela cerveja estava geladassa!
Voltei para a casa dos meus tios pensando, no ônibus, o quanto deve ser difícil para os gays e tal ter que ficar "avisando" sobre sua sexualidade. Eu sendo hetero nunca precisei disso, né?! Enfim, Rafa parecia ser muito gente fina, estava animado para essa nova fase de minha vida.
No fim de semana já levei minhas coisas para o ap dele. Como já estava todo mobiliado, incluindo armário imbutido, só precisei levar minhas roupas mesmo, material de estudo e um climatizador – tudo em uma viagem de carro só. Chego com meu tio, todo a campainha e o Rafa nos atente todo solícito, ajudando a colocar as malas para dentro. Ele estava só de short desses de futebol, e não pude deixar de reparar porque não atinei desde o início que ele fosse gay.
Rafa tem cerca de 1,85, alto, uns 90kg de muito músculo, branquinho, ombros largos, e peludo, pêlos bem lisos. Pernas e braços grossos, barba cerrada e cabelos lisos bem peteados, estilo lenhador. Ele era bem arrumado, isso não se podia negar. Mas não demonstrava em nada como meus amigos gays da época da escola e do cursinho. Pelo contrário, tinha uma presença muito masculina. Pensei "bom que sobra mais mulheres para mim haha"
Meu tio foi embora. Fiquei lá, arrumando as coisas, com ele me ajudando. Depois aparece um rapaz na porta do quarto procurando-o, e reclamando que ficou sozinho: era o seu namorado, o Pedro. Ele me olhou de cima a baixo e disse que aquele homão ali tinha dono. Rafa e eu nos entreolhamos e gargalhamos! Logo o tranquilizei que ali não tinha perigo. Ele ficou com uma cara de bunda, deu meia volta e voltou para o outro quarto. Rafa pediu desculpas, disse que o Pedro era "difícil" e vinha de uma família muito preconceituosa. Logo o tranquilizei, dizendo que estava de boa.
Em agradecimento por toda a receptividade, logo desci para o Carrefour ali perto e comprei algumas coisas. Chego com as sacolas e Rafa me pergunta "o que é isso, moço?", e eu volto "gosta de lasanha?" – e em resposta o menino abre aquele sorriso.
Fui para a cozinha e fiz uma lasanha caprichada, estava faminto. Lasanha e pratos na mesa, coca geladassa e a barriga roncando chamo os meninos. Rafa vem como um ogro, falando que estava sem café e faminto. Ele se serve com um generosa fatia:
– Que cheiro!
– Receita da minha mãe 🙂
– Curte cozinha?
– Um hobbie, me ajuda a relaxar.
Engole o primeiro pedaço.
– Caralho!!!! Nunca comi uma lasanha tão gostosa!
– Valeu, man!
Enquanto isso, Pedro empurra o prato falando que não gostou, e se levanta pegando suas coisas no sofá dizendo que ia embora. Rafa logo para de comer e interpela-o, sem sucesso. Pedro inventa uma desculpa sobre a faculdade e sai, fechando a porta com força. Eu fico ali, sem graça, com a lasanha intacta no prato. Rafa volta e explica que ele era assim mesmo, pedindo desculpas pela falta de educação dele. Eu mandei ele relaxar e não desperdiçar comida. Rafa sorri, voltando para o prato.
E assim começou nosso fim de semana. Entre os estudos no quarto e fazer comida (Rafa foi ao supermercado e encheu a geladeira haha), logo veio segunda e o retorno ao ritmo escolar, aos treinos com a atlética e o estresse todo associado. Em casa tudo ia tranquilo, Rafa demonstrava ser um cara tranquilo de se lidar, ficávamos amigos mesmo.
Como toda boa sexta-feira, teve fim de tarde na faculdade, daqueles lotados de calouras e veteranas mais gatas. Chamei o Rafa e o Pedro para irem, Rafa até animou mas Pedro disse que estava cansado. Deixei os dois e desci para a festa todo cheiroso.
Beijei até a boca doer, estava precisando tirar o atraso. Não perdoei nenhuma gata que deu mole haha Ao final quase trouxe a Lud para casa, mas na hora H ela deu no pé e eu fiquei na mão. Chego em casa sozinho, bêbado e com tesão.. Abro a porta evitando barulho para não incomodar os meninos, nem chego a ascender a luz. Chego no corredor e a porta do quarto do Rafa estava entreaberta: o circo tava pegando fogo. Não consegui deixar de reparar, e mesmo bêbado fiquei impressionado com o que eu vi. Rafa estava literalmente MONTADO no Pedro, Pedro parecia uma criança sendo arregaçada por aquele homão – Pedro devia ter 1m60, magrinho, branquelo, perninhas e peito peludinhos, semelhante ao ator Tony Milan. Os dois gemiam de forma intensa, mais o Pedro que pedia para ele ir mais devagar. Meu pau estava meio bomba, eu bêbado escorado na penumbra do corredor vendo só as silhuetas dos dois. Rafa continua montando no menino, descendo rola, só ouvia as bolas dele batendo no menino, o menino hora gritava de dor, Rafa só urrava, um macho se saciando, batia na bunda dele com bunda cheia, metia bronca. Até uma hora que o Rafa dá uma troncada no menino e urra ainda mais alto, tremendo, Pedro desfalece na cama de pernas arreganhadas com o peso daquele urso em cima dele. Depois de um tempo Pedro empurra o Rafa pro lado, reclamando que já tinha dado duas vezes antes de dormir e que não queria mais ser acordado com rola no cu e se levanta dizendo que ia ao banheiro ver o estrago. Rafa só grune. Com o resto da minha lucidez me atento onde eu estava e entrei rapidamente para meu quarto, sem os dois repararem. Depois do Pedro fechar-se no banheiro, fechei devagar minha pensando, pensado "CA-RA-CA"
Nisso reparo o peso da minha rola na cueca, meu pau estava babando. Descarrego ali mesmo, na mão, me segurando para não gemer alto. Gozo gostoso pensando na Lud, eu montado em cima dela igual o Rafa e ela gemendo igual cabrita por piedade.
Mais um fim de semana, agora sem o Pedro (Felizmente? Não consigo negar que aquele clima ruim dele longe da casa me deixava feliz). Aproveitei o fim de semana não só para cozinhar e estudar (medicina não é fácil haha), mas também voltar a malhar ali perto, na D2.
Ah, não me apresentei: sou branquelo, 1,75m, cabelo castanho e olhos verdes. Tenho o corpo liso naturalmente, sem pêlos, mais musculoso, e pernas grossas. Calço 42. Gosto muito de malhar o peitoral e os ombros, e aproveitei que meus mamilos são menores e tatuei uma tribal no peito e braço direitos, além de piercing no mamilo. As meninas piram haha
Eu e o Rafa estávamos ficando cada vez mais parceiros, brother mesmo. Fomos malhar juntos, e ao voltar entre brincadeiras fui bater o suplemento para a gente. Estava quente e tirei a camisa, primeira vez que ele me vê sem blusa. E pela primeira vez me senti "secado" por ele haha. Ele rapara que eu tinha sacado a dele, e fica vermelho, o que eu pego a blusa e bato na bunda dele falando "deixa de ser besta", rindo. Ele relaxa com minha reação tranquila, bebe o suplemento e vai para o banho. Eu fico ali pensando "haha, estou bem mesmo, até os caras gatos estão me curtindo" e engasgo ao perceber que tinha pensando nisso.
Durante a semana seguinte acabei ficando mais em casa por conta dos trabalhos, assim como o Rafa. Para minha tranquilidade, o Pedro nem apareceu. E percebi que o Rafa fica mais auto astral quando Pedro não está. Na sexta, para brindar uma semana produtiva, preparei uns tira-gostos e comprei alguns litrão. Rafa chega cansado da aula de Penal II, e ao ver aqueles petiscos e a cerva já na "camisinha" sorri e fala que não tinha parceiro melhor de república haha
Entre copos de cerveja e comentários sobre a faculdade e amigos, perguntei do Pedro. Ele explicou que o Pedro estava distante, justificava pela família dele que o perseguia e tal. Rafa disse que se sentia responsável por ele desde que se apaixonou quando ele tinha 14 e o Rafa, 16 anos (Rafa tem hoje 25). Perguntei se eles sempre namoraram, o que ele acena afirmativamente. Não escondo meu espanto: "nossa, você nunca teve outro parceiro?" "Pedro foi o único homem com quem me relacionei, meu menino". Sem saber o que dizer, apenas brindo.
Sábado cedo aparece Pedro dizendo que passou a noite estudando na casa de uma amiga, bem antes do horário que nós acostumávamos ir malhar. Rafa fica radiante e manda eu descer que ele ia "curtir seu amor", o que eu sorrio sem graça e vou dando no pé. Só que Pedro empurra o Rafa para fora comigo, dizendo que não ia atrapalhar seu treino e que estava muito cansado, precisava dormir.
Nosso treino durava 2h no fim de semana, aproveitávamos para colocar o aeróbico em dia. Nesse dia, rafa desequilibrou fazendo agachamento e acabou sobrecarregando a lombar. Eu o socorri, e o instrutor manda ele para casa, logo no primeiro exercício, após o aquecimento na esteira. Solícito, subi com ele para casa.
Ao chegarmos, nos deparamos com uma cena um tanto bizarra: Pedro estava mamando dois caras do apartamento da frente em nossa sala, enquanto dava para um terceiro, desconhecido. A baguncinha logo para com a nossa chegada, e os caras saem vestindo roupa. Rafa fica branco e, sem dizer nada, vai para seu quarto e tranca a porta. Após o choque, Pedro vai para porta esmurrar e pedir perdão, pedindo para explicar. Eu ali, na sala, sem ter o que fazer, fecho a porta e desço para dar espaço aos dois.
Retorno mais tarde e, quando chego, Rafa estava na sala sentado com uma cerveja na mão. Ele me vê e, sem falar nada, levanta para a cozinha, abre a geladeira, pega um litrinho e me dá. Sento com ele e fica um tempão assim, sem conversa. Até que o Rafa suspende o silêncio:
– Caralho, sempre dei liberdade para ele me propor coisas novas, fazer coisas diferentes. E ele me trai sem falar nada, e logo com os vizinhos.
– Eita.
– Sempre cuidei dele como meu menino, aturando o mal humor dele, a resistência dele comigo.
Não consigo dizer nada. Rafa fica olhando para frente, tenso, até que começa a chorar
– Porra, sempre cuidei dele, e isso que ganho em troca, traição?!
Se antes eram algumas lágrimas, agora aquele homão começa a chorar copiosamente, soluçando. Em mim vem uma vontade de abraçá-lo, consolá-lo. Ele era bom demais para ser traído assim.
Quando vou ver estava abraçado com ele, Rafa chorando no meu ombro e encharcando minha camisa. Ficamos ali, abraçados.
Depois do Rafa chorar até adormecer, ajeitei ele no sofá com as almofadas e fui preparar o almoço. Fiz uma salada e uma massa esperta para nós, além de um suco natural. Quando já estava acabando de por a mesa ele aparece, com cara de carrancudo, sentando e se apoiando na mesa até ela ficar torta.
Almoçamos, e convido ele para assistirmos alguma coisa no Netflix. Colocamos La casa de Papel (muito bom caralho!), ele fica ali fungando. Não resisto e o puxo para abraçá-lo. Ele chora novamente, agora mais devagar, estava acomodando toda a raiva. Até que ele adormece e eu, com a lombeira do almoço, durmo junto.
Acordo não sei quanto tempo depois, com ele ainda abraçado, mas agora reparo que nossas pernas acabaram por se entrelaçar. Na verdade acordei sentindo aquelas pernas peludas roçando em minhas pernas lisas, foi um acordar "gostoso". Reparo que o "junior" estava pulsando, pesado na cueca. Eu estava com tesão. Nisso vem um monte de pensamentos na minha mente.
Como assim eu estou com tesão abraçado com outro homem? Com meu amigo, meu brother? Devo estar mesmo há muito tempo sem xoxota, só pode. Será que isso é normal? Na aula de ciências sociais da saúde, a professora comentou que nossa sexualidade é ampla, fluída, normal essas coisas acontecerem. Será que está acontecendo comigo? Mas ele é meu brother, e eu sou hetero. Sempre curti meninas. Nunca me imaginei com outro homem. Tá que fiquei impressionando com ele montando no Pedro outra noite, mas quem não iria? Com o Pedro gemendo feito uma putinha iniciante, e o Rafa daquele tamanho e peso todo…
Nisso o Rafa se ajeita, se aninhando ainda mais no meu peito, aquela respiração cadenciada dele próxima do meu mamilo (com piercing, super sensível) e as pernas dele ainda mais aninhadas com as minhas. Nisso sobe um arrepio na minha nuca, meu pau explode na cueca, chego a dobrar os dedos dos pés. Eu estava com tesão e curtindo aquilo. Nunca estive tão confuso em toda a minha vida.
Não resisto e passo as mãos nos cabelos dele, apesar de estar me sentindo confuso reparo que estou com compaixão com ele, Rafa não merecia ser tratado daquele jeito pelo Pedro. Rafa se aninha ainda mais e com o peso e o tamanho dele naquele sofá acabo que…
Bam!
Caio do sofá. Rafa acorda assustado, e eu estou ali no chão assustado e com o pau durasso marcando o short de futebol. Rafa pede mil desculpas, se senta e eu me levanto dizendo que ia dormir no quarto. Ao me virar reparo no Rafa secando minha rola e só agradecendo pela companhia.
Me deito na cama ainda mais confuso, não consigo dormir. O pau está durasso, decido bater uma para relaxar. Mas só vem na minha mente as cenas que acabaram de acontecer, eu me contorço na cama "sentindo" novamente aquele corpo peludo próximo do meu. Acabo por gozar como poucas vezes gozei na minha vida. Fico ali, todo melado, com porra até na cara, e consciência pesada. Fico bitolando nisso até adormecer.
A semana seguinte passa com o Rafa cabisbaixo, faltando na academia e na faculdade. Fico preocupado, tento animá-lo, sem sucesso. Até que sexta chega, faço um jantar legal e vou até o quarto dele chamá-lo. Bato na porta e não responde. Preocupado, acabo por abrir a porta e vejo ele de bruços, só de box preta, ouvindo música no fone na maior altura. Fico um tempo olhando, pau chega a coçar, aquelas pernas e coxas grossas e peludas, uma bunda empinada e rego marcando na malha, dois pezões fora da cama. O cheiro que exala do quarto é um cheiro masculino, de quarto de homem, uma mistura de suor, roupas limpas, perfume e (por que não) sexo acumulado. Aquelas costas largas, aqueles braços esparramados. Aquela hora queria sentir todo aquele peso em cima de mim. Quando vem esse pensamento em mim, fico branco, e na hora ele se vira reparando minha presença. Sorri e pergunta o que foi, e digo que fiz um rango. Ele levanta e vai para a cozinha, dizendo "o que faria sem mim". Fico vermelho haha
Jantamos e ele decidi abrir uma cerveja, que estava há muito tempo na fossa e precisava recuperar. Brindamos e ele me pergunta da faculdade, das gatas, dos treinos, enfim, o velho Rafa estava voltando. E desce cerveja, ficamos bebendo até madrugada adentro.
Rafa é mais fraco para cerveja. Teve uma hora que o cara capota na mesa, eu solícito o levo para o quarto. Mesmo com bom condicionamento físico, tive uma certa dificuldade, o cara é um ogro mesmo. Ao colocar na cama ele me puxa junto, me abraçando. Tento levantar e ele manda eu ficar quieto, dizendo grogue que éramos como irmãos já e ele não podia dormir aquela noite sozinho. Aquele olhar grogue, mas amigo mesmo, carente, me convence, e penso " e vai se ferrar, que que tem ficar aqui dando uma força para ele? Isso não me faz menos hetero, foda-se". Durmo quase que imediatamente, aninhado naquele homão.
Acordo com o amanhecer do dia (a desgraça do quarto dele não tinha blackout), nós dois de conchinha, um ferro grande e grosso pressionando minha bunda. E meu pau pesado no short. Não pude deixar de perceber o quanto era agradável essa sensação. Chego a mexer a bunda, meio que inconsciente, e o Rafa automaticamente me dá uma "chave te perna", me abraçando todo. Mesmo com aquela luminosidade inicial do dia, acabo adormecendo novamente.
Acordo sozinho na cama, escutando o Rafa assoviando na cozinha e um cheiro de ovos mexidos e bacon. Barriga ronca, vou para cozinha fazendo careta. Rafa pergunta o que houve, digo que "ao levantar senti dor de cabeça de ressaca". Ele ri e pega um remédio na gaveta, me dá com suco de laranja. Eu agradeço e ele me abraça, dizendo que sou o melhor amigo dele e um cara maravilhoso, mesmo hetero não se importa de estar lá, ao lado dele, dando uma força nesse momento difícil. Fiquei surpreso e ao mesmo tempo reconfortado, não sei explicar.
A noite, depois de uma tarde intensa de estudos, fomos beber no térreo do Maletta. Rafa estava eufórico – ele estava se recuperando, o velho Rafa de volta. Entre as brejas um gay da mesa ao lado dá em cima do Rafa, e ele acaba correspondendo e, entre indiretas e diretas, o menino convida Rafa para um motel. Rafa nega, para não me deixar sozinho, e eu o xingo
– Vai tirar as teias de aranha, vai! Preocupa comigo não!
– Tem certeza?
– Leva ele lá para casa, gasta dinheiro com motel não, vou dar uma volta e lá pela meia-noite apareço.
Saio do bar, deixando o casal mais a vontade. Saio andando pelo centro e fico com uma dor no peito. Caraca, por que deixei o Rafa com aquele menino? E se ele for um novo Pedro? E se ele magoar o Rafa? Não queria ver o Rafa na fossa novamente, ele não merecia, era gente fina demais. Não devia ter deixado. Pera aí, mas o Rafa não tem que partir para outra? O que estou sentindo? Será que é ciúme? CIÚME DE UM HOMEM?
Caraca. Estava mesmo afim do Rafa. Primeira vez na vida que fico assim por outro cara. Ao mesmo tempo penso que deve ser por isso que acabou por diminuir meu fogo pelas garotas da facul esses últimos dias. Caralho, será que sou bi? Gay? Goy? Sei lá o que mais?
E se for? Que que tem? Eu queria estar agora com o Rafa, estou sentindo falta dele. Nisso reparo que estou de novo no Maletta, fiquei dando volta em círculo no centro. Decido tomar uma para espairecer, no mesmo copo sujo de sempre. Ainda na primeira cerva, desce na rampa em frente o menino que o Rafa tinha levado para casa, todo esbaforido e com caras de pouco amigos. Ele me vê e solta "nossa nem beijar seu amigo consegue, caralho, que bundão, perdi meu tempo a toa". Veado tosco, penso eu. Olho para a cerveja e decido subir.
Chego no apartamento, todas as luzes apagadas. Chamo pelo Rafa. Ele aparece da cozinha, tomando um litrinho. Nos olhamos e não precisava dizer nada. Fluia uma energia entre a gente que não precisava nenhum dos dois dizer nada. Nos abraçamos, eu me aninhando no peito daquele homão. Pela primeira vez em dias me senti no lugar, sem confusão.
Foi mal o primeiro conto ser tão longo, os próximos da série serão mais breves. Comentam aí!
Comentários (14)
Suzana: E a continuação?
Responder↴ • uid:81rdumjpzj8Rillen: Show
Responder↴ • uid:8d5f8yxrhj7anon: continua, nunca te pedi nada
Responder↴ • uid:8fx5riofmfbiBear_Carioca: Cara, que conto maravilhoso! tu escreve muito bem! Parabens!!!
Responder↴ • uid:13r4qal1qme3pMachado: Perfeito! Pode continuar lingo! Tem uma narrativa maravilhosa em q não conseguimos parar de ler
Responder↴ • uid:g3jk83qrb5Pelado Santos: Conta logo.louco pra saber o que aconteceu!Muito bom o conto
Responder↴ • uid:1dli7k05yulpbLeitor: Conto perfeito! Continua, por favor!!
Responder↴ • uid:41ihy0lezr91Wanderson: Continua, muito bom!
Responder↴ • uid:bemkjnrk0dnMatheus?: Adorei o conto, muito bem escrito, história muito envolvente e da muito tesão. Mal posso esperar pela continuação
Responder↴ • uid:g3jmh0m999SP: Cara, você PRECISA continuar! Esse foi o melhor conto que já li aqui, sem dúvidas!
Responder↴ • uid:gqb65rhrclanon: conto ótimo
Responder↴ • uid:g3iuhe3hkrÂngelo: cara, conto excelente, pela primeira vez estou louco pra saber o q acontece na sequencia.
Responder↴ • uid:7r0mwnp8rk2luciano berta: que conto delicioso, adorei, podes escrever contos longos sjm, o povo, acho que gosta, eu adoro!
Responder↴ • uid:81rf84kgd0oPaulo: Excelente muito tezão Continua que ta bom pra caralho
Responder↴ • uid:8eezaxsgv4m